Por André Rodrigues (@randreh)
Com uma coleção estritamente regida pelo time comercial, Igor de Barros tenta comandar o retorno da V.ROM ao SPFW. Depois de uma temporada longe da semana de moda, a grife que pertence a Alberto Hiar _o mesmo da Cavalera_ retorna com sede de ser consumida, custe o que custar.
A turma do dinheiro acerta o alvo em cheio, oferecendo uma cartilha de roupas que vão desde casacos, bermudas quadradonas, camisas e calças prontas-pra-usar-já em diversas padronagens gráficas, entre elas um patchwork de listras sobre fundos em cores variadas muito interessante.
No meio da urgência comercial, o melhor de Igor chama pra briga: o estilista tenta colocar em prática suas desconstruções na alfaiataria, mas acaba gerando um resultado que fica fora de controle, uma afronta ao objetivo da marca. Por exemplo, quase todos os coletes são refeitos numa tentativa – repetitiva – de inserir conceito no comércio. Em alguns momentos, os meninos de Igor querem ser sensuais, em outros querem ser góticos, em outros querem ser executivos. Eles também não se decidem por uma silhueta, não escolhem uma padronagem, não elegem uma estampa. E tudo isso entra em conflito.
Uma das coleções masculinas mais complicadas do SPFW, o verão 2011 da V.ROM é excelente tanto no comercial quanto no conceitual, mas não permite que essas duas frentes se comuniquem.
Diretor de casting: Wan Vieira
Diretor do desfile: Alberto Renault
Stylist: David Pollak
Make up & hair: Robert Estevão
Trilha sonora: Max BlumAssista ao desfile:
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