Um novo estudo aponta o design e o desenvolvimento de produto como um caminho de futuro para aumentar a competitividade da indústria têxtil indiana.
A indústria têxtil e de vestuário da Índia precisa urgentemente desenvolver novas capacidades no design e desenvolvimento de produto se quiser atrair milhões de dólares que está perdendo para outros países. Um novo relatório, da empresa de consultoria de gestão Third Eyesight, sublinha a imensa discrepância entre as atuais exportações, no valor de 20 bilhões de dólares, e o objetivo de atingir os 55 bilhões de dólares. E afirma que a indústria indiana precisa olhar além dos passos já dados se quiser superar esta diferença. O relatório, intitulado "Eternal Hope to Reality: Sustained Global Competitiveness for the Indian Textile and Apparel Industry", afirma que a Índia, em termos de valor gerado por cada trabalhador, está bem abaixo em relação aos outros países. Por exemplo, se o valor das exportações gerado por trabalhador da indústria têxtil e de vestuário fosse igual ao da Turquia, as exportações da Índia chegariam ao nível da China, na ordem dos 161 bilhões de dólares. O diretor-executivo da Third Eyesight, Devangshu Dutta, revelou: «Um crescimento dramático não pode vir, simplesmente, de um aumento de volume. Mesmo que a indústria queira aumentar o seu volume de comércio, os portos estão operando entre 91% e 92% da sua capacidade de utilização. Este tipo de crescimento das exportações só é possível através de um foco no aumento de valor agregado». O relatório sublinha que as exportações da Índia estão ainda muito centradas nas matérias-primas e produtos intermédios, em vez de se focarem em produtos acabados. Isto, segundo Devangshu Dutta, é uma grande preocupação da indústria para a sua competitividade em longo prazo e para a sua capacidade de captar valor. De acordo com o mesmo, as exportações de vestuário representaram apenas 41% das exportações têxteis da Índia em 2007/08. A Índia não é o país de produção mais barato nem o mais rápido em termos de entrega, mas já fornece aos compradores valores em termos de desenvolvimento de produto e design. De acordo com o Third Eyesight, essa é a fórmula vencedora na qual é preciso centrar as atenções. O relatório descreve como o design, o merchandising e o desenvolvimento do produto podem permitir às empresas indianas virarem fornecedoras estratégicas da indústria mundial. A indústria interna indiana e a sua capacidade de entender as necessidades do mercado, criando e comercializando produtos, pode também ter um papel importante no crescimento global da indústria. Dutta acredita que é tempo da indústria e do governo seguirem os sucessos criados por países como Itália. «Ao criar um ecossistema centrado no design e no desenvolvimento de produto, a Índia pode criar e capturar milhões de dólares que estão sendo perdidos para outros países», concluiu.
A indústria têxtil e de vestuário da Índia precisa urgentemente desenvolver novas capacidades no design e desenvolvimento de produto se quiser atrair milhões de dólares que está perdendo para outros países. Um novo relatório, da empresa de consultoria de gestão Third Eyesight, sublinha a imensa discrepância entre as atuais exportações, no valor de 20 bilhões de dólares, e o objetivo de atingir os 55 bilhões de dólares. E afirma que a indústria indiana precisa olhar além dos passos já dados se quiser superar esta diferença. O relatório, intitulado "Eternal Hope to Reality: Sustained Global Competitiveness for the Indian Textile and Apparel Industry", afirma que a Índia, em termos de valor gerado por cada trabalhador, está bem abaixo em relação aos outros países. Por exemplo, se o valor das exportações gerado por trabalhador da indústria têxtil e de vestuário fosse igual ao da Turquia, as exportações da Índia chegariam ao nível da China, na ordem dos 161 bilhões de dólares. O diretor-executivo da Third Eyesight, Devangshu Dutta, revelou: «Um crescimento dramático não pode vir, simplesmente, de um aumento de volume. Mesmo que a indústria queira aumentar o seu volume de comércio, os portos estão operando entre 91% e 92% da sua capacidade de utilização. Este tipo de crescimento das exportações só é possível através de um foco no aumento de valor agregado». O relatório sublinha que as exportações da Índia estão ainda muito centradas nas matérias-primas e produtos intermédios, em vez de se focarem em produtos acabados. Isto, segundo Devangshu Dutta, é uma grande preocupação da indústria para a sua competitividade em longo prazo e para a sua capacidade de captar valor. De acordo com o mesmo, as exportações de vestuário representaram apenas 41% das exportações têxteis da Índia em 2007/08. A Índia não é o país de produção mais barato nem o mais rápido em termos de entrega, mas já fornece aos compradores valores em termos de desenvolvimento de produto e design. De acordo com o Third Eyesight, essa é a fórmula vencedora na qual é preciso centrar as atenções. O relatório descreve como o design, o merchandising e o desenvolvimento do produto podem permitir às empresas indianas virarem fornecedoras estratégicas da indústria mundial. A indústria interna indiana e a sua capacidade de entender as necessidades do mercado, criando e comercializando produtos, pode também ter um papel importante no crescimento global da indústria. Dutta acredita que é tempo da indústria e do governo seguirem os sucessos criados por países como Itália. «Ao criar um ecossistema centrado no design e no desenvolvimento de produto, a Índia pode criar e capturar milhões de dólares que estão sendo perdidos para outros países», concluiu.
FONTE: Portugal Textil
Edição: Marcia Kimie
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